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Assessor de futebol do Grêmio admite que a negociação “dificultou muito”
Custa 8 milhões de euros, ou R$ 17,6 milhões, o sonho do Grêmio de repatriar Ronaldinho Gaúcho. O recado foi dado nessa terça-feira a Assis, irmão e procurador do jogador, por Adriano Galliani, vice-presidente do Milan, durante encontro no Rio. O Grêmio, que projetava uma liberação gratuita, admite, a partir de agora, maiores dificuldades para fechar o negócio.
Os 8 milhões de euros são relativos ao que Ronaldinho ainda tem por receber do clube italiano até o encerramento de seu contrato, em junho de 2011. Seu salário gira em torno de R$ 1 milhão por mês. O Milan quer uma garantia de que o Grêmio efetuará o pagamento para evitar futura cobrança judicial. Assis revela o interesse de clubes da Inglaterra, da Espanha e dos Estados Unidos pelo jogador. Para ele, o que se dispuser a cobrir a dívida entrará em vantagem na disputa.
- Para Ronaldo sair, alguém precisará cumprir o que o Milan tem de pagar - alertou.
Ainda sem ter recebido de Assis a informação oficial sobre a reunião com Galliani, o assessor de futebol César Cidade Dias reconhece que a obrigatoriedade do pagamento de 8 milhões de euros “dificulta muito” as tratativas. Cauteloso, o vice de futebol Antônio Vicente Martins recomenda “calma e prudência” antes de admitir que o Grêmio possa pagar para ter Ronaldinho outra vez.
Em férias em Punta Del Este, o presidente Paulo Odone diz que não entrará em debate sobre problemas relativos a Milan e Ronaldinho.
- Se o Milan ainda tem pendências com o Ronaldinho, esse não é um problema meu. Estou em férias - afirmou.
No exercício da presidência durante o afastamento de Odone, Eduardo Antonini explica que as únicas questões tratadas até agora com Assis dizem respeito a salários e direito de imagem. Assis não fixa um prazo para que as negociações sejam concluídas.
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Vai dar tudo certo”, diz Assis sobre reunião com dirigente do Milan
Cresce o otimismo do Grêmio em relação ao acerto com o Ronaldinho, mesmo que um dirigente do Milan tenha revelado a intenção do clube italiano de permanecer com o meia até junho de 2011.
Durante a reunião no Rio com Adriano Galliani, vice-presidente do Milan, Assis, irmão e procurador de Ronaldinho, trocou mensagens pelo celular com César Cidade Dias, assessor de futebol do Grêmio.
Sua última mensagem foi um indício de que Galliani mostra-se sensível ao desejo de Ronaldinho de voltar para o Olímpico:
- A chama está acesa. Vai dar tudo certo – torpedeou Assis.
O procurador prevê a definição do caso num período de 48 horas. Entende que será esse o tempo necessário para que as questões burocráticas e acertos financeiros ainda pendentes sejam solucionados.
Cidade Dias admite ter passado uma manhã tensa, a partir da informação de que o Milan não liberaria Ronaldinho. Após o contato com Assis, mudou seu espírito.
- Agora, estou bem mais tranquilo – confessou