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Segundo advogado do jogador, rescisão do contrato de empréstimo só pode ocorrer mediante pagamento de multa
O Grêmio decidiu dispensar o zagueiro Rodrigo na última quarta-feira por questões disciplinares, mas talvez tenha de mudar de ideia. Nesta sexta, o empresário do atleta, Giuseppe Dioguardi, informou, via Twitter, que o contrato do defensor não pode ser rescindido. Segundo o agente, que se reuniu com dirigentes do clube na tarde desta quinta-feira em Porto Alegre, o Tricolor gaúcho foi comunicado pelo advogado do atleta, Daniel Camargo. Caso a decisão seja mantida, o Grêmio terá de pagar uma multa ao Dínamo de Kiev, da Ucrânia, no valor de 4 milhões de euros (R$ 9 milhões).
- Quando existe o empréstimo de um jogador de um clube para o outro, inclusive nos contratos em que os clubes assinam, é um compromisso de que por um ano o Rodrigo é de responsabilidade do Grêmio. Se o Grêmio rescinde, automaticamente essa responsabilidade teria de retornar ao Dínamo, algo que o contrato veta. Até o fim de 2010, o Grêmio é o responsável pelos pagamentos do zagueiro Rodrigo. Se por um acaso o Grêmio insistir na rescisão unilateral, infelizmente o Rodrigo vai ter de pedir uma liminar na Justiça do Trabalho para trabalhar, e ele vai estar rescindindo automaticamente com o Dínamo de Kiev. Como quem deu causa à decisão foi o Grêmio, já que a decisão não foi por justa causa, o Grêmio teria de pagar uma multa ao Dínamo de Kiev pelo rompimento do Rodrigo com o clube ucraniano, que seria de 4 milhões de euros – explicou o advogado do jogador.
Como já disputou mais de sete partidas pelo Grêmio no Campeonato Brasileiro, Rodrigo não pode jogar em outro clube da Primeira Divisão. O advogado explica ainda que, no caso da reintegração do atleta, ele terá de trabalhar com o grupo principal.
- Com certeza há um jeito de chegar a um denominador comum. O Grêmio não é obrigado a colocá-lo em campo, mas ele tem de treinar com todos os profissionais. Ele não pode, por exemplo, ficar treinando com os juniores – afirmou.
Por telefone, Rodrigo disse que foi informado por seu empresário de que voltará a treinar com o grupo a partir da próxima terça-feira. O jogador, que até então não havia se pronunciado, afirmou que está muito chateado com a decisão da diretoria do clube, mas está disposto a voltar.
- Meu empresário veio a Porto Alegre para conversar com o presidente. Comunicaram que o contrato não pode ser rescindido e aí falaram para o meu empresário que volto a treinar na terça-feira. Fiquei surpreso por essa atitude do clube, mas fiquei como todo mundo. Eu cheguei ao Grêmio, tinha de provar meu potencial, pois assumi o lugar do Réver. Tinha que entrar, que jogar à altura de um jogador do nível do Réver. Joguei o Campeonato Gaúcho, fui campeão, sempre que tinha de ajudar, ajudei. Até nos momentos difíceis, como este em que o clube se encontra hoje, tentei ajudar ao máximo. Não entendi essa atitude que a diretoria teve comigo, que todo mundo está comprometido e eu não. É o meu trabalho. Jogar futebol é o que sei fazer e quero voltar e jogar. Eu sempre estive à disposição. Se disserem que precisam de mim, estou à disposição. Não entendi a razão de tudo isso. Se foi uma coisa para dar uma balançada no grupo, balançou, vamos lá, eu volto e acabou – disse.
O diretor de futebol do Grêmio, Alberto Guerra, informou que o caso está entregue ao departamento jurídico do clube e ratifica que não conta mais com o zagueiro.
- Não se trata mais de um assunto do departamento de futebol. O departamento jurídico vai analisar o contrato e vai se pronunciar no momento oportuno. Que eu saiba ainda não está decidido (que Rodrigo voltará a treinar). Não queremos contar com o jogador no elenco profissional – frisou.
O defensor, de 29 anos, foi contratado pelo Tricolor por empréstimo no início da temporada. Chegou em fevereiro como um dos principais reforços, uma liderança. Teve um bom desempenho no início, mas, assim como muitos jogadores, caiu de produção. No período em que vestiu a camisa do Grêmio, Rodrigo disputou 32 jogos e fez três gols
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